sábado, 23 de fevereiro de 2013

COMO ANDA O CORAÇÃO?

          Bom dia, pessoal!! O que está me motivando a escrever este post é a quantidade de novas mamães pâncreas me enviando mensagens. Eu procuro sempre postar aqui no blog o que vem acontecendo com a Doce Luísa, como ela está, novidades sobre o diabetes (resolvi agora escrever com letra minúscula), enfim, tudo para ajudar quem vivencia situações como a nossa.


          Porém, hoje o post é diferente. Vou falar sobre o meu coração! Recebo muitas mensagens me parabenizando pelo blog, pelas palvras, ajudas, enfim, pela minha fortaleza... isso eu acredito que acabei passando uma imagem de algo que não é real. Para conforto das famílias com crianças DM1 vim aqui confessar sem nenhuma vergonha que não sou essa fortaleza toda. Parece que essa impressão que passei me deixou distante das outras mamães que ficam tão indefesas diante do diabetes. Então vou contar como eu, mamãe pâncreas estou, depois de quase 6 meses de diagnóstico. 
Não é para desanimar e sim para entender mesmo. A Lu é usuária de bomba, sendo assim, minha dor diminuiu imensamente por não ter de aplicar insulina com caneta, o que a meu ver é quase enlouquecedor para qualquer mãe. Então, a bomba já me tirou grande dor. O chororô diário ainda não teve fim e cheguei até mesmo a tomar alguns remédios para me acalmar, obviamente receitados por um médico. Isso vale até os dias atuais. Continuo na terapia, onde aceitei a minha não aceitação do diabetes na minha pequena. Simples assim, ainda não aceitei. Ouvi muitas coisas do tipo, o melhor é aceitar e cuidar. Eu também acho e acredito nisso,  mas tem uma grande distância entre minha cabeça saber e meu coração sentir. Vai passar, eu sempre digo isso, porque eu tenho certeza que vai. Só que ainda não passou. Na nossa casa foram feitas algumas modificações, mas nada mudou muito minha dor. Minha filha mais velha está mais responsável, parece que com apenas 11 anos sente o mesmo peso que eu. Acho legal todo o cuidado que ela tem, aliás ela é uma das quatro pessoas que sabem administrar insulina na Lu. Isso mesmo, apenas eu, meu marido, a professora e a Lele sabem administrar insulina com o controle. Ainda não voltei para o trabalho e nem mesmo sei quando vou voltar. Algumas pessoas dizem que trabalhar pode ajudar, pode ser que sim. Eu to tentando dar um tempo do mundo. Me afastei da maioria das pessoas e quando sentir vontade, eu volto. Amigas próximas estão cuidando de mim com uma paciência invejável! Me foi sugerido realizar alguma atividade que pudesse ocupar minha cabeça, sem me provocar stress. Comecei então a cursar uma faculdade e fique bem feliz, mas é só eu chegar lá pra dar aquele aperto no peito e a vontade que me dá é gritar pra todo mundo da sala: Ow, alguém aqui sabe o quanto dói tudo isso? Como se alguém tivesse alguma culpa. Um marido compreensivo e que ignore todos os pedidos de divórcio feitos ao longo desse desespero é apaixonante. Isso eu tenho sorte!!! Ele sim é doce! Tem também algumas novidades legais na nossa vidinha que ainda não quero compartilhar aqui, mas também não me animou como deveria. Enfim, só queria mamães, que vocês soubesse que dói sim, mas que vai passar sim. Quando digo que vai passar não falo da dor, porque essa eu acredito que fica ali, guardadinha e basta alguém perguntar como vai a Lu que pronto... me pegaram... cutucaram minha maior ferida. Só que a gente vai aprendendo a conviver com essa ferida, até que ela vai sarando e sarando... O desespero passa e esse não demora, mesmo porque são tantos cuidados que os docinhos precisam que nem temos tanto tempo assim para nos desesperarmos. Agora uma coisa eu acho certo, sofrer quando tem que sofrer e levantar com tudo quando estiver forte pra isso. Não vejo a hora de chegar a minha hora. Aprendi a ouvir quem já passou e passa pelo diabetes, pegar o que de bom essa pessoa tem a me oferecer e jogar fora o que para mim não me faz sentido. Simplesmente ignorar quem não passou e quer dar opiniões. Definitivamente, eles não tem a mínima noção do que é tudo isso e mesmo querendo ajudar, muitas vezes as opiniões e conselhos são os mais infelizes. IGNORE! Quero deixar uma questão que vale a pena e que quando a dor está quase insuportável eu sempre penso: Minha docinho aceitou o diabetes? Provavelmente sim e se não, a certeza é de que o doce aceitará antes mesmo das mamães. Coisas de proteção mesmo, não é? Converso tanto com a Lu, mostro vídeos, desenhos, fotos, que posso te falar que ela acha chique ser diabética. Mostra suas bolsinhas para a bomba com o maior orgulho e quando não quer comer algo, solta logo a frase: Desculpe, não posso, sou diabética. rsrsrsrsrs E lá vai os olhinhos da mamãe de novo encher de água. 
            Ótimo final de semana pra vcs cheio de alegria e se Deus permitir, aceitações!!!
         Grande beijo e um especial com muito carinho para a Ana, docinho da Lucimara Esposito e para Pietra, docinho da Cassiane Visoná!!!


4 comentários:

  1. Força Cíntia!
    Vc faz o melhor e é isso que importa, tudo no seu tempo!
    Um beijo

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  2. Amiga Maria tenho certeza que Deus te fará passar sobre todas essas circunstâncias com gde vitória, e lá na frente nós vamos tomar nosso café e revivermos o quanto vc foi forte e conseguiu superar toda dificuldade e aflição.
    Bjo no seu coração!
    Que Deus abençõe cada dia sua família! Amo mto vcs!!!

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  3. Oiee Vi hoje exatamente agora esse eu post e digo to com os olhos cheios de lagrimas pq é assim que eu mi sinto todos os dias tem dias que to bem mais tem dias que parecem ti sufocar mais msm assim muito obrigada viu e vamos que vamos pois nossas doces luizas precisam da gente

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    Respostas
    1. Oiee!! Tudo bem? Espero que possa aproveitar bem o nosso blog e conte conosco para o que precisar. Grande beijo!

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Esperamos ter ajudado! Anderson, Cíntia, Lelê e Doce Luísa agradecemos o comentário!

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